O dilema do palhaço


Já ouviram falar sobre esse termo? Não?

Então vou comentar de forma que fique ao menos um pouco entendido, pela minha pouca didática. Mas tenho certeza que você vai entender e se lembrar de alguém assim.

O dilema do palhaço ou paradoxo do palhaço é um termo, estudo ou teoria usada para falar sobre a vida do comediante ou das pessoas engraçadas e alegres do dia-a-dia, de uma forma que as vezes não imaginamos.

"Como assim, Pejotta?"

Quando vemos um comediante se apresentando, rimos bastante quando as piadas nos agradam, e em algum lugar da nossa consciência imaginamos que essa pessoa é assim (feliz) o dia inteiro. Quando vemos um palhaço no circo, rimos pra dedéu, e nem nos passa na cabeça que ela seja, por um segundo, uma pessoa triste. Até mesmo no nosso trabalho, escola ou círculo social tem pessoas tão alto astral que seria impossível imaginá-las triste.

Mas, e em suas casas, em seus quartos, quando não estão perante um público... eles realmente são felizes, resolvidos ou alto astral?

Conta-se que havia um palhaço muito feliz em um circo na cidade, ele fazia todos rirem com suas apresentações; mas quando encerrava a apresentação, tirava sua roupa de palhaço e sua maquiagem; voltando a ser a pessoa por trás do personagem, ele fechava a cara, ficava sozinho, e chorava.

Se impressionou com isso? Se sim, não deveria.

O palhaço é um personagem, por trás dele há uma pessoa normal, com problemas, com sentimentos, com dúvidas, dívidas e emoções latentes.

Quando ele se fantasia, deixa de lado seus problemas para assumir a responsabilidade da sua vocação, que é alegrar e fazer sorrir. O palhaço, o humorista, a pessoa alto astral é muito profissional. Por isso não tem necessidade em demonstrar ou compartilhar suas frustrações pessoais.

Mas as vezes não se trata de algum profissional, onde o objetivo é fazer rir. As vezes é apenas o nosso amigo da escola, da vida ou do trabalho alto astral, brincalhão. E o objetivo dele é te fazer rir e esquecer seus problemas, ou muitas vezes apenas ser notado.

Alguns acreditam que a síndrome do palhaço triste é real e tenta provar que todo humorista (ou a maioria) é depressivo por padrão. E usa do humor para aliviar ou disfarçar suas dores. Outros acreditam que isso não é uma questão científica ou psicológica, mas apenas uma fase que todos nós, humoristas ou não, podemos passar.

Independente disso, demonstrar felicidade e alegria é uma maneira de demonstrar força contra tribulações da nossa vida. Fazer outros rirem é um dom que poucos tem, e uma dádiva linda.

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